terça-feira, 9 de novembro de 2010

Dez melhores filmes sobre Beisebol

São poucos no Brasil que entendem de beisebol, quase ninguém sabe as regras, ninguém tem interesse nesse esporte e a maioria não gosta mesmo, uma pena, porque o beisebol é um dos esportes mais fantásticos e fascinantes que existem, felizes os cubanos, felizes os japoneses e felizes principalmente os norte-americanos, donos da maior liga de beisebol do planeta, a MLB, eu adoro o beisebol e conheço muito das regras, assim sendo adoro também os filmes sobre esse tema tão interessante, e como já virou mania por aqui, vou fazer mais uma listinha com meus dez filmes preferidos sobre beisebol, acredite, existem bem mais do que dez filmes sobre beisebol, mais do que você possa imaginar, e como sempre algum pode acabar ficando fora da lista, afinal todas as listas são assim, injustas, então fique a vontade para fazer seu pitacos na caixa de comentários.

10 Os Anjos Entram em Campo (1994)
Sinopse: Roger (Joseph Gordon-Levitt) é um menino que mora com a mãe divorciada. Ele e seu amigo J.P. (Milton Davis Jr.) são os maiores fãs do time de basebol de Los Angeles. Roger tem dois sonhos: viver em uma família completa e ver o LA ganhar o campeonato. E ele está rezando para que seus desejos se tornem realidade. E somente os anjos serão capazes de ajudar o pobre garoto.
Porque é bom: Filme despretencioso e fora da realidade, que pode ser considerado até bobo muitas vezes, mas muitas vezes é bom sair um pouco da realidade, relaxar e morrer de rir com Danny Glover e Christopher Lloyd, se você tiver capacidade de fazer isso pode até se emocionar no final, típica produção de Walt Dysney World, assim o time de beisebol escolhido para o filme não poderia ter sido outro.
Time de beisebol: Los Angeles Angels

9 Sorte no Amor (1988)
Sinopse: A rivalidade entre dois jogadores de beisebol (Kevin Costner e Tim Robbins) ultrapassa a fronteira dos campos quando eles também passam a competir pelo amor de uma mulher (Susan Sarandon). Indicado para o Oscar de melhor roteiro.
Porque é bom: Todo mundo adora um bom triângulo amoroso, e a Guerra travada entre Kevin Costner e Tim Robbins por Susan Sarandon é o melhor do filme, o beisebol por vezes acaba sendo deixado de lado, porém o roteiro compensa essa 'falha' sem dúvida alguma.
Time de beisebol: Ligas Menores, não é um time da MLB

8 A Última Batalha de um Jogador (1973)
Sinopse: Bruce Pearson (Robert DeNiro) é um jogador de beisebol mediano em Nova York. No mesmo time está Henry Wiggen (Michael Moriarty), uma estrela do esporte. Os dois não se dão bem, mas a situação muda quando Bruce descobre que tem uma doença fatal. Henry se aproxima para lhe dar apoio e os dois se tornam grandes amigos. Ao longo da temporada, todo o time terá que lidar com a doença terminal do jogador, num filme de arrancar lágrimas.
Porque é bom: Filmes dramáticos que contam estórias emocionantes são sempre bons, não tem como deixar um clássico como este dos anos 70 fora da lista. Grande oportunidade de ver Robert De Niro bem novo, seu colega Al Pacino, declarou que este é um de seus filmes favoritos.
Time de beisebol: New York Yankees

7 Campo dos Sonhos (1989)
Sinopse: Jovem fazendeiro recebe mensagem do além para transformar sua plantação em campo de baseball, onde famoso jogador já morto deverá retornar para jogar novamente. Enquanto constrói a quadra, encontra várias personalidades já desaparecidas.
Porque é bom: Kevin Costner mais uma vez, parece que ele nasceu para fazer filmes de beisebol !!! O filme tem uma estória fascinante também, emocionante e até de arrepiar às vezes, dramas são sempre filmes bons, difícil ficarem fora de alguma lista.
Time de beisebol: Chicago White Sox

6 Uma equipe muito especial (1992)
Sinopse: Retrato da América durante a Segunda Guerra Mundial, quando a falta de homens para praticar o beisebol levou as mulheres a encarar esse esporte.
Porque é bom: Roteiro muito interessante, os homens vão para a Guerra e as mulheres que ficam resolvem ir jogar beisebol, afinal o beisebol não pode parar, mas no fundo acho que mulher tem que jogar softbol e não beisebol !!! Destaque para o elenco do filme que o torna muito mais divertido de se assistir, Tom Hanks, Geena Davis e Madonna já bastaria, mas ele vai muito além, tem ainda Jon Lovitz, Bill Pullman e Lori Petty, que nessa época ainda era linda e estava loira, imperdível.
Time de beisebol: Ligas Menores, não é um time da MLB

5 Amor em jogo (2005)
Sinopse: Um rapaz é obcecado pelo seu time de beisebol, o Boston Red Sox. Um dia ele conhece e se apaixona por uma jovem. Tudo vai bem entre eles até o momento em que ela finalmente descobre a obsessão do namorado pelo esporte. Baseado no romance de Nick Hornby, já adaptado no filme ''Fever Pitch'' (1997).
Porque é bom: Esse ''Fever Pitch'' de 1997 foi um fracasso, nada como reunir atores de nível como Drew Barrymore e Jimmy Fallon sob a direção precisa de Bobby Farrelly e Peter Farrelly, as comédias românticas sempre fazem sucesso e não poderia ser diferente com esse filme, quem ama os Red Sox vai entender profundamente o que acontece aqui, destaque para o final com a música tema do time e imagens do título de 2004, a "Maldição do Bambino" acabou finalmente !!!!!
Time de beisebol: Boston Red Sox

4 Hardball - O Jogo da Vida (2001)
Sinopse: Conor O'Neil (Keanu Reeves), viciado no jogo não consegue parar de beber e de se meter em confusões. Em perigo e desesperado por dinheiro, consegue um empréstimo, mas em troca tem que treinar uma equipe de beisebol de Chicago. A tarefa não é fácil mas com a ajuda da atraente 'Irmã' Wilkes (Diane Lane) Conor tentará salvar a sua pele...
Porque é bom: O personagem de Reeves é muito interessante, nem aí para nada até que se vê obrigado a treinar o tal time de beisebol, que na verdade é formado por crianças pobres que moram no subúrbio, ele acabará se envolvendo com alguns dos meninos e passará a dar mais valor para sua vida, vendo que o dia a dia de cada um por morar em lugares afastados e cheio de bandidos não é nada fácil, mais um excelente drama, destaque para o dia em que ele leva os garotos para comer pizza. E Diane Lane linda como sempre.
Time de beisebol: Amador infantil, não é um time da MLB

3 Um Homem Fora de Série (1984)
Sinopse: Talento nato para o beisebol, Roy precisa desistir cedo de seus sonhos por causa de um acidente. Ele volta a atuar aos 35 anos e, apesar da descrença de muita gente, consegue brilhar novamente. Mas ele esconde em seu passado muitos mistérios. Entre eles, um inexplicável atentado contra sua vida.
Porque é bom: Um bom drama com uma excelente atuação de Robert Redford e Glenn Close, tendo ainda Kim Basinger no elenco. Estória de superação daquelas de calar a boca dos críticos, um dos lados mais interessantes do filme é que ele se passa em uma época do passado, onde sem dúvida as coisas eram muito mais difíceis e complicadas do que hoje em dia, aumentando ainda mais as possíveis veracidades dos acontecimentos.
Time de beisebol: The New York Knights, time fictício

2 Estranha Obsessão (1996)
Sinopse: Fanático torcedor de beisebol acha que pode ajudar o craque Bobby Rayburn, estrela do time para o qual torce, a superar sua má fase. E para isso é capaz de qualquer coisa, até matar.
Porque é bom: Ope, temos um suspense na nossa lista de favoritos finalmente, o único entre dramas e comédias, só isso talvez já seja um atrativo pra lá de convincente, mas vamos além, porque no elenco tem Wesley Snipes e ele da conta do recado, mais ainda porque não é só Kevin Costner que aparece duas vezes, aqui temos Robert De Niro novamente e no papel que ele mais gosta de fazer nos cinemas, o de vilão, mais uma atuação sensacional neste filme com uma estória realmente interessante, até onde o amor e fascinação por um esporte pode levar uma pessoa? "Um simples obrigado bastaria", foi difícil não colocá-lo em primeiro lugar da lista.
Time de beisebol: São Francisco Giants

1 Ânsia de Viver (1992)
Sinopse: Ele foi figura dominante na história do esporte americano e talvez o maior herói americano do século. Ele era um espírito livre, que incorporava os tumultuados anos 20. Ele era conhecido como Babe. Esta história acompanhava a vida de George Herman "Babe" Ruth (John Goodman) da juventude num orfanato até o final de sua surpreendente carreira. É uma aventura, uma história de amor, a história de um homem marcante. Também estrelando Kelly McGillis, Trini Alvarado e Bruce Boxleithner.
Porque é bom: Simplesmente a história do maior jogador de beisebol de todos os tempos, o homem responsável pela "Maldição do Bambino" ao Boston Red Sox e que levou o New York Yankees a ser o maior vencedor da história, o estádio já aposentado era conhecido como "A Casa de Ruth Construiu", o filme é excelente também porque mostra a vida de Babe desde criança em uma atuação memorável de John Goodman, difícil não se emocionar em vários momentos e muito mais ainda não tê-lo como o melhor filme sobre beisebol que já fora feito no cinema.
Time de beisebol: New York Yankees

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

HISTÓRIA DO BASEBOL

Nos Estados Unidos, em meados de 1700, os imigrantes ingleses pertencentes à elite das cidades de Boston e Nova Iorque tinham o hábito de jogar cricket. Pouco tempo depois, ainda em Boston, uma versão mais simplificada do cricket conhecida como rounders passou a ser praticada, tornando-se popular entre os jovens da região.
Em 1750, o rounders era composto por 2 bases e o objetivo do jogo era rebater a bola lançada pelo arremessador longe o suficiente para que o rebatedor pudesse correr entre as bases; cada ida e volta bem sucedida entre elas correspondia a um ponto. A defesa, por sua vez, deveria pegar a bola e acertá-la no rebatedor, impedindo-o de marcar ponto.
Inúmeros praticantes foram surgindo e adaptações foram sendo realizadas. Surgia o townball. O novo desporto tinha o campo quadrado, geralmente com 4 bases, embora este número pudesse variar entre 2 e 5. O arremessador localizava-se a cerca de 11m de distância do rebatedor.
Os nova-iorquinos, aproveitando a moda de Boston, fixaram o número de bases em 4 e deram ao jogo o nome de "The New York Game". Neste jogo, os times se alternavam entre ataque e defesa a cada out (rebatedor eliminado). A volta completa pelas 4 bases era chamada de ace e era vencedora a equipe que marcasse 21 aces.
Em 1845, Alexander Cartwright projectou o primeiro campo de baseball com formato de diamante. Um ano mais tarde, as equipes New York Nine e Knickerbocker Club estreavam o campo em formato de diamante na cidade de Hoboken, em New Jersey. Cada equipe contava com nove jogadores, aparentemente por nenhum motivo específico, a não ser pelo fato de os nova-iorquinos terem insistido neste número.
A chegada da Guerra Civil popularizou o "New York Game", quando soldados do nordeste dos EUA foram vistos carregando seus equipamentos de jogo. Após a guerra, o desporto tornou-se tão popular que cada vilarejo tinha sua própria equipe.
A parir de 1800, o taco de cricket foi sendo substituído pelo taco arredondado, luvas almofadadas e equipamentos de segurança passaram a ser utilizados.
Em 1889, o basebol já era um esporte popular nos Estados Unidos. Outros dizem que o basebol procede do jogo inglês rounders; outros opinam que foi inventado em 1839 pelo norte-americano Abner Doubleday.
Diversas alterações nas regras do jogo foram realizadas até chegarmos no basebal atual, cheio de suspenso até o fim.
Enquanto seguiu as regras do rounders, os rebatedores eram os favorecidos no jogo porque escolhiam a bola que o arremessador deveria lançar. Ironicamente, após tantas mudanças, hoje são os arremessadores que detêm o controle sobre o jogo, comandando a partida ao lançar - a seu critério - bolas que dificultem a batida do rebatedor, responsabilizando-se pelo sucesso ou fracasso da sua equipe.

HISTÓRIA DO BASEBOL

O ano de 1946 para colônia japonesa no Brasil traz lembranças tristes dos momentos tensos pós-guerra.
Ano em que foi sacramentada a oficialização desse esporte no país.
Ano em que surgiu o apaixonado time do Gigante.
Foto de 1945, Giants campeão invicto, no campo do Tozan, onde hoje fica o Eldorado Shopping.
Foto de 1945, Giants campeão invicto, no campo do Tozan, onde hoje fica o Eldorado Shopping.

O CAMPO DE BASEBALL E SUAS POSIÇÕES

Campo de Basebol e suas Posições

CURIOSIDADES

Você sabia que...
O tempo de contato entre a bola e o taco é da ordem dos 1/1000s ?
Uma bola batida não deveria ir além dos 166m ?
Durante o séc. XVIII o beisebol era considerado um jogo de criança? Somente no séc. XIX, que o taco e bola se tornaram populares na América do Norte.
O beisebol foi concebido pelo Norte - Americano Abner Doubleday, em 1839, mas que só em 1907 uma comissão decidiu divulgar que o jogo havia sido inventado por ele.
Os 10 melhores jogadores do século:
1) BABE RUTH
2) LOU GEHRIG
3) TED WILLIAMS
4) HANK AARON
5) STAN MUSIAL
6) JOE DIMAGGIO
7) TY COBB
8) WILLIE MAYS
9) ROGERS HORNSBY
10) HONUS WAGNER empatado com WALTER JOHNSON
Em uma pesquisa realizada pela Sociedade Americana para pesquisa do baseball, o melhor time do mundo para as pessoas seria composto pelos jogadores:
CATCHER: JOHNNY BENCH
PITCHER: WALTER JOHNSON
1a.BASE: LOU GEHRIG
2a.BASE: ROGERS HORNSBY
3a.BASE: MIKE SCHMIDT
SHORT STOP: HONUS WAGNER
LEFT FIELD: TED WILLIAMS
CENTER FIELD: HANK AARON
RIGHT FIELD: BABE RUTH
O jogador YAKULT SWALLOWS, em recente Campeonato Pan-Americano realizado na Venezuela, atingiu a velocidade de 94 milhas, equivalente a 152 quilometros horários, nos seus arremessos.
No beisebol amador (olímpico), o país mais forte é Cuba? . Isto se deve ao fato do beisebol ser o esporte número um de Cuba e não haver profissionalismo na ilha de Fidel Castro.
Os poucos cubanos que tem conseguido se profissionalizar, tiveram antes que enfrentar a morte na fuga de Cuba em pequenos barcos, a mercê das tempestades e dos tubarões, quando conseguem sobreviver, tornam-se milionários do beisebol profissional americano.
No início da década de 90, 95% dos jogadores eram nisseis? Hoje, a proporção é de 65% de nisseis para 35% de não descendentes de japoneses disputando campeonatos.

O QUE É PRECISO PARA SE JOGAR BASEBALL

Luva para apanhar a bola
Luva para apanhar a bola
Equipamentos de Basebol

O CATCHER

Catcher

Os primórdios


O beisebol brasileiro nasceu no início deste século, trazido dos Estados 
Unidos pelas mãos de funcionários de empresas americanas, como a Light 
(companhia de energia elétrica) que se estabeleceram, em primeiro lugar na 
cidade de São Paulo. Conta-se que, pelos idos de 1913/1914 haviam jogos do 
Mackenzie que costumavam atrair mais assistentes que as partidas de futebol, 
realizadas na mesma escola. Houve, ainda, uma liga de beisebol na década de 
20, que reunia esportistas americanos e era dirigida por um diretor de companhia 
telefônica.
 A chegada dos imigrantes japoneses, que conheciam o beisebol desde 
1873, deu maior força ao desenvolvimento desse esporte em terras brasileiras, 
com a criação de vários clubes e equipes, que foram se formando a par da 
colonização e do crescimento das cidades à beira da estrada de ferro, chegando 
ao Oeste do Estado de São Paulo (Presidente Prudente, Marília, entre outras) e 
ao Norte do Estado do Paraná (Bandeirantes, Londrina, Maringá, Arapongas, 
Assaí, etc.).
 A eclosão da Segunda Guerra Mundial e a derrota do Japão, comprometeu
o sonho de enriquecer e voltar ao país de origem, o que acabou tornando-se 
práticamente impossível, além das inevitáveis retaliações e desconfianças dos 
brasileiros, chegando a vigorar leis restritivas, com a proibição do uso da língua 
japonesa e de reuniões, e a destruição de todo o material escrito em japonês.
 Em 1946, o ambiente da colônia não poderia ser definido como calmo. O 
clima de desapontamento e desilusão pós guerra era patente, mas ao mesmo 
tempo, percebia-se a necessidade de reorganizar a vida social da colônia, 
sériamente reprimida durante a guerra. Surgiram, assim, os primeiros movimentos 
nesse sentido, principalmente em torno das atividades de lazer e esportivas dentre 
as quais o beisebol. 
 Atuação decisiva na organização do beisebol brasileiro teve o repórter da 
Gazeta Esportiva – Olímpio de Sá Silva – um dos fundadores da Federação 
Paulista de Beisebol e Softbol, em 24 de setembro de 1946, e seu presidente 
durante 17 anos.
 A primeira assembléia ordinária foi realizada em 28 de fevereiro de 1947, 
assinando a ata os clubes e seus representantes presentes:
Associação Esportiva Linense  Massayoshi Muto
Esporte Clube Jundiaí   Taketaro Mita
Dragão Esporte Clube   Kango Kamijo
São Paulo Gigante Base-Ball Clube  Roberto Saito
Universo Base-Ball Clube   Mauricio Loureiro
São Paulo Futebol Clube   Rivadal Mota Marcondes
Santo André Base-Ball Clube  Kenji Orie
Pereira Barreto Base-Ball Clube  Tomotsu Ishi
Associação Prudentina de Base-Ball Seny Oguido
Coopercotia Atlético Clube  Vicente Monteiro
Piratas Baseball Club   Durval Vieira Pinheiro
Diamante Baseball Clube   Mario Sato
Araçatuba Baseball Clube   Tsunehiro Koroki
Martinópolis Baseball Clube  Sussumu Imamura
Lizzitada Baseball Clube   Hiroshi Iwama
São Paulo Baseball Clube   Ossamu Yoshi
Alvares Machado Baseball Clube Ichiji Tsuji
Canam Baseball Clube   Shiguero Homa
Esporte Clube Mariliense   Haruo Ikeda
Pompéia Baseball Clube   Masanobu Takeda
Lima Canto Baseball Clube  Julio Baba
Tigre Baseball Clube   Issamu Katayama
Associação Desportiva Floresta  Olímpio Sá e Silva
Atlético Clube de Registro   Eiji Matsumura
Itaquera Baseball Clube   Renato Teruo Tanaka
Oratório Baseball Clube   Yocio Nakamura
Indiana Baseball Clube   Tadashi Okamura
Clube de Esportes Americanos  Alexandre dos Santos Amaral
(em negrito os clubes da Região Sorocabana do Estado de São Paulo)

Baisebol no Brasil





No Brasil o beisebol está ganhando espaço 
Embora seja pouquíssimo praticado no Brasil, o Beisebol é um esporte de grande aceitação nos Estados Unidos, no Japão, na Coreia do Sul, na Venezuela e em alguns países da América Central. Foi, por muitas vezes, esporte de demonstração em Jogos Olímpicos, até que em 1992 – nos Jogos de Barcelona – foi incluído como modalidade de competição. No entanto, esse status cairá a partir da próxima Olimpíada: Londres 2012 será a última vez que o beisebol será disputado.
Historiadores do esporte indicam que na Inglaterra havia um jogo de aspecto e regras bastante semelhantes aos do beisebol: o rounders. Esse teria sido levado aos Estados Unidos a partir do movimento de colonização do Novo Mundo, e praticado nos EUA a partir do século XVIII. Já em meados do século XIX, o pai do beisebol atual, Alexander Cartwright, desenvolveu e escreveu as regras do beisebol moderno. Além disso, Cartwright também fundou o time Knickerbocker Base Ball Club of New York.
A primeira organização profissional da modalidade aconteceu em 1871: a Associação Nacional de Beisebol Profissional. A primeira liga de clubes profissionais – a National League - foi fundada em 1876, contando com oito times. Em 1901 a National League ganhou um concorrente: a American League Professional Base Ball Clubs.
No Brasil, o beisebol ainda não é um esporte muito conhecido, mas já vem ganhando algum espaço. A introdução desse esporte em nosso país ocorreu a partir do início do século XX, quando empregados de empresas estrangeiras como a Light, a Companhia Telefônica e do Consulado estadunidense se reuniam para jogar. Muitas equipes surgiram entre as décadas de 1910 e 1920, e até uma liga amadora foi organizada nessa época. Entretanto, esse boom do beisebol logo apagou. Paralelamente, os imigrantes japoneses também trouxeram a cultura do beisebol ao Brasil, e o praticavam principalmente no interior de São Paulo, onde trabalhavam na lavoura. Infelizmente, o beisebol não se espalhou, ficando restrito a pequenos grupos. Esse fato é visível na quantidade de estádios voltados à prática do beisebol no Brasil: há um em Londrina (Paraná), com capacidade para cinco mil pessoas; um em São Paulo com capacidade para duas mil e quinhentas pessoas; e três menores em Ibiúna (São Paulo), que são partes do complexo esportivo da Companhia Yakult. Além disso, estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Espírito Santo também têm ligas próprias do esporte.
O jogo é realizado a partir da disputa de duas equipes: a que ataca, coloca um jogador em campo – o batedor – e a que defende conta com nove jogadores. O time atacante reveza o batedor, um por vez, de acordo com uma ordem pré-estabelecida pelo técnico da equipe. A partida conta com um total de nove revezamentos de ataque e defesa entre as equipes. Caso haja empate, novas entradas são acrescidas à partida, de modo que algum time vença.
Dois instrumentos são fundamentais para uma partida de beisebol: o taco e a bola. A bola tem circunferência entre 23 e 25 centímetros, e sua massa deve ser exatamente de 142 gramas. Sua estrutura interna pode ser de cortiça, corda ou lã, desde que revestida por couro costurado à mão. O taco tem formato cilíndrico e pode ser tanto de madeira quanto de alumínio. Sua massa pode variar entre 850 gramas e um quilo, e seu tamanho médio é de 81 centímetros.
Por Paula Rondinelli
Colaboradora Brasil Escola
Graduada em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Mestre em Ciências da Motricidade pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Doutoranda em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo - USP

REGRAS BÁSICAS DO BASEBOL

Os Jogadores do Ataque

Uma equipa quando defende coloca estrategicamente os seus nove jogadores em campo.
Pôr a bola em jogo:
O batedor ocupa a sua posição na caixa de batimento.
O lançador deverá lançar a bola para o batedor, o qual decidirá se vai ou não tentar bater essa bola.
O objectivo da equipa que está a atacar é fazer com que o seu batedor se torne num corredor e fazer com que estes avancem no terreno, passando pelas 3 bases até chegarem à Casa Base sem serem eliminados. Quando isto acontece a equipa que está a atacar ganha uma corrida, ou seja, um ponto.
Quando 3 jogadores da equipa ofensiva são eliminados, essa equipa deixa de atacar e passa a defender .
O objectivo da equipa que está a defender é o de evitar que os jogadores da equipe atacante marquem pontos/corridas, eliminando-os antes que estes consigam chegar até à casa base.

O batedor

Cada jogador da equipa atacante deverá bater na ordem definida pela lista de batimento da sua equipa que deverá ser entregue ao árbitro antes do início do jogo.
O primeiro batedor no início de cada entrada será aquele cujo nome apareça logo após o nome do último jogador a ter completado o seu batimento, na entrada anterior.
O batedor não poderá abandonar a caixa de batimento enquanto o lançador se encontrar na posição de lançamento ("set position").
Um batedor completa o seu batimento quando é eliminado ou quando se torna num corredor.
Caso o ataque termine antes do batedor ter completado o batimento (exemplo, um corredor é eliminado a tentar roubar) este jogador será o primeiro a bater na próxima vez que a sua equipa estiver a atacar.
Existem várias maneiras de eliminar um batedor, sendo as mais comuns:
Quando o batedor não conseguir bater a bola validamente devido aos seguintes motivos:
Ter tentado bater a bola e ter falhado.
Não ter tentado bater na bola lançada e esta passar na zona strike. Em ambos os casos se o receptor não conseguir apanhar a bola e esta tocar no chão ou no árbitro, o batedor pode tentar chegar á primeira base, se o fizer sem ser eliminado, conquista-a.
Tentar bater a bola, falhar e esta bater-lhe no corpo, se não tivesse tentado bater a bola e devido á bola lhe ter tocado, sem que ele possa ter feito alguma coisa para o evitar, o batedor ganha direito á primeira base.
Quando o batedor, que já tenha falhado o batimento por duas vezes, tentar fazer um toque de bola e for considerado um batimento inválido.
Quando o batedor bater uma bola válida mas por acção da defesa não conseguir chegar à primeira base antes da bola que havia sido batida.
Quando o batedor bater uma bola válida mas for apanhado entre bases.
Quando o batedor bater uma bola válida mas a equipa que defende conseguir apanhar a bola antes desta tocar no chão.
A terceira tentativa de batimento é falhada e o receptor não apanha a bola, mas a primeira base está ocupada e há menos de dois "outs" nessa entrada.
For clamado pelo árbitro um balão interior ou "infield fly".
Passar de uma caixa de batimento para a outra (de batimento à direita para batimento à esquerda) enquanto o lançador está pronto para lançar.
Interferir intencionalmente com o passe do receptor ("catcher"), fora da caixa de batimento, quando este tenta fazer uma jogada (excepção feita se for eliminado um corredor nessa jogada).
Existem várias maneiras de eliminar um corredor, sendo as mais comuns:
Quando o batedor bate uma bola válida e um corredor, obrigado a correr, não conseguir chegar à base de destino antes da bola por acção da equipa que defende.
Quando uma bola batida tocar no corredor antes que um defesa lhe tenha tocado.
Quando um corredor for "apanhado" fora da base por um defesa que tenha a bola em seu poder (deverá tocar o atacante com a mão/luva que tem a bola).
Esta regra não se aplica quando o batedor, que se tornou num corredor, acabou de chegar à 1ª base, tendo passado por cima da mesma e se dirigido para fora das linhas e não tenha tentado correr para a 2ª base.
O batedor torna-se num corredor, quando:
Bater uma bola válida e conseguir chegar à primeira base antes que a defesa consiga fazer a bola chegar à 1ª base.
Fizer um "Home Run", sendo que neste caso, vai directamente á casa base, tendo que pisar todas as bases.
O lançador lançar 4 bolas fora da zona de strike, sem que o batedor lhes tente acertar, neste caso avança para a 1º base.
O lançador acertar com a bola no batedor (fora da zona de strike) sem que este tenha tentado fazer o batimento ou ter conseguido reagir a tempo de evitar o contacto.
O receptor interferir com a tentativa de batimento do atacante, neste caso ele avança até á primeira base.
O receptor deixar cair a bola que seria o terceiro "strike" e o batedor consegue chegar a primeira base antes da bola ou antes que um defesa em posse da bola lhe toque (contando que não está ninguém na base e há uma ou nenhuma eliminação).
O lançador fizer um balk .
O atacante poderá avançar para as restantes bases quando:
Sendo batedor, consegue bater a bola para longe, possibilitando-o correr até à base possível (desde que entretanto não seja eliminado).
Sendo batedor, fizer um "home run". Neste caso avançaria directamente para a casa base, marcando uma corrida (assim como fariam todos os corredores que estivessem nas bases na altura do batimento.
Sendo corredor consegue alcançar outra(s) base(s), quando o seu colega de equipa bate uma bola válida.
Sendo corredor, rouba uma (ou mais) base(s).
Quando o batedor for "premiado" com a primeira base (sem ter de bater) e houver um corredor que se encontre nesta (se por sua vez caso haja um corredor em segunda este avança para terceira e caso esta também esteja ocupada, quando a bases estão cheias, este último corredor marca um ponto/corrida)
Um corredor é obrigado a correr (chegar a outra base) quando entre si e o batedor não houver nenhuma base livre (após o batedor colocar uma bola válida em jogo).

Bola viva Vs Bola Morta

Caso uma bola passada atinja um treinador acidentalmente ou uma bola lançada ou passada toque num dos árbitros, a bola continua viva (no entanto se o treinador interferir num lançamento, o corredor é eliminado).
A bola torna-se morta e os corredores avançam uma base, ou retornam à base onde se encontravam sem perigo de serem eliminados, quando:
Uma bola (lançada) toca no batedor ou na sua roupa, fora da zona de strike, sem que o batedor tente bater a bola. O batedor avança para a primeira base e os corredores, se forçados, avançam uma base.
O árbitro da casa base interfere com o passe feito pelo receptor. Esta interferência deverá ser ignorada se o passe for feito e eliminar o corredor.
For feito um balk. O batedor avança para a primeira base, e os corredores avançam uma base, se forçados.
A bola seja batida fora da zona de jogo, corredores voltam às bases
For feito um batimento inválido e a equipa que defende não conseguir apanhar a bola antes de esta tocar no chão. Os corredores regressam ás bases, tendo de tocar nas mesmas.
Se uma bola válida tocar num corredor ou num árbitro antes de ter tocado num jogador da equipa que defende (se tocar no corredor, este é eliminado). Esta regra não é aplicada se a bola já tiver passado por um defesa do campo interior e mais nenhum defesa do campo interior conseguisse apanhar a mesma.
Uma bola lançada ficar presa na mascara do árbitro ou do receptor, mantendo-se fora de jogo. Os corredores avançarão uma casa. Em caso de ser o terceiro strike ou a quarta bola o batedor avança para a primeira base.
Um lançamento acerta num corredor que tenta marcar. O corredor fica salvo.

Os Jogadores da Defesa

PRIMEIRA BASE

- Responsável por apanhar as bolas batidas na sua direcção (bolas baixas) e por apanhar passes feitos pelos seus companheiros de modo a eliminar os atacantes que se dirijam à 1ª base (normalmente o batedor)
- Poderá ser destro ou canhoto.
Requer pouca corrida e passe. Requer alguma destreza em apanhar todo o tipo de bolas passadas pelos companheiros.
- Posição ocupada normalmente por jogadores mais velhos, ou mais pesados.
- Um jogador grande nesta posição facilita o passe dos companheiros, impondo ao mesmo tempo respeito aos batedores que tentam chegar a esta base.

SEGUNDA BASE

- Responsável por apanhar as bolas batidas na sua direcção (bolas entre 1ª e 2ª bases) ou por cobrir a 2ª base quando as bolas são batidas entre a 2ª e a 3ª bases.
- Responsável por defender a 1ª base quando há um toque de bola nessa direcção ou quando o 1ª base vai atrás de uma bola batida (esta função deverá ser combinada com o lançador)
- Preferencialmente destro pois mais facilmente consegue fazer o passe para 1ª quando apanha a bola batida ou após receber a bola de um colega (numa jogada dupla).
- Não precisa de ter o braço mais potente uma vez que se encontra junto da 1ª base.

SHORTSTOP

- Responsável por apanhar as bolas batidas na sua direcção (bolas entre 2ª e 3ª bases) ou por cobrir a 2ª base quando as bolas são batidas entre a 1ª e a 2ª base.
- Normalmente o melhor jogador do campo interior pois a maioria das bolas rasteiras são batidas para a sua área.
- Normalmente com o braço mais potente pois frequentemente tem de colocar a bola na 1ª base estando no ponto mais distante em relação à mesma.
- Preferencialmente destro pois mais facilmente consegue fazer o passe para 1ª quando apanha uma bola batida .

TERCEIRA BASE

- Responsável por apanhar as bolas batidas na sua direcção (bolas baixas) e por defender a 3ª base.
- Deverá estar constantemente alerta pois muitas das bolas são batidas na sua direcção de forma ríspida (por isso esta posição é alcunhada de "canto quente").

DEFESA EXTERIOR ESQUERDO (LEFT FIELDER)

- Normalmente o jogador com o braço mais fraco, uma vez que a distância dos seus passes não é tão grande como a dos seus colegas de campo (isto num campo com medidas oficiais, uma vez que em Portugal, face ao tamanho dos campos o campo direito é normalmente mais curto que o central e que o esquerdo)
- Raramente terá de fazer o passe para casa (mesmo quando necessário deverá utilizar o corte [a bola passa através de um jogador do infield]).

DEFESA EXTERIOR CENTRAL (CENTER FIELDER)

- Normalmente o mais veloz, uma vez que é aquele que tem de cobrir a maior área de terreno.
- Normalmente o mais técnico dos jogadores de campo, uma vez que é aquele que participa no maior número de jogadas.

DEFESA EXTERIOR DIREITO (RIGHT FIELDER)

- Normalmente o jogador de campo com o braço mais poderoso, pois deverá ser capaz de fazer os lançamento para 3ª quando necessário.
- Por outro lado é dos jogadores defensivos aquele que normalmente tem uma participação menos activa, uma vez que um menor número de bolas são batidas na sua direcção.

LANÇADOR (PITCHER)

- Inicia a acção de cada jogada lançando a bola sobre a casa base onde o batedor estará preparado para bater.
- Precisa de ter um lançamento potente, controlado e consistente.
- Convém ter mais que um tipo de lançamento.
- Responsável por cobrir a primeira base quando a bolas rasteiras são batidas nessa direcção deverá combinar esta função com o 2ª base.
- Em campeonatos bastante competitivos este jogador chega a mandar bolas a mais de 150Km/h.

RECEPTOR (CATCHER)

- Utiliza uma máscara, um capacete, caneleiras, peitilho e outros equipamentos de segurança, jogando de cócoras por detrás da casa base (e do batedor).
- Recebe as bolas lançadas pelo lançador que o batedor não conseguir bater.
- Deverá ter um braço potente para conseguir eliminar os corredores que tentem roubar bases.
- Deverá ser duro e resistente, uma vez que na sua posição há jogadas que poderão ser mais violentas, e é frequentemente atingido por bolas vindas do lançador ou de ressaltos dos tacos.
- Informa o lançador sobre o tipo de lançamento que deverá ser feito, de acordo com o batedor em causa.
É por vezes aquele que organiza a equipa, através dos gestos que faz.